Terra de Fartura, a Amadora Rural
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O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES
O Aqueduto das Águas livres é a maior obra de engenharia
hidráulica do século XVIII em Portugal. Tem aproximadamente 58 Km de extensão
(incluindo os seus ramais) e foi mandado construir por D. João V a fim de solucionar o
problema da escassez de água em Lisboa, que se vinha agravando à medida que a
população aumentava. Foi o procurador da cidade de Lisboa, Cláudio do Amaral, que 1728
tomou as diversas medidas legais indispensáveis ao início da obra, que arrancou em 1731.
Assim, em 1748 as águas das zonas de Caneças, Carenque e Porcalhota correram pela
primeira vez em Lisboa, nas Amoreiras. O início do Aqueduto é assinalado a 14 Km das
Amoreiras na nascente da Água Livre, sobre a qual foi construída a Mãe de Água Velha,
junto à Ribeira de Carenque, nos limites do Município de Sintra com Amadora. Cedo se
constatou que nem sempre os caudais principais do Aqueduto Geral eram suficientes para as
necessidades de Lisboa. Assim foram concluídos diversos aquedutos secundários que
captavam água de mais nascentes. Na zona da Amadora o Aqueduto capta a água de diversas
nascentes, quando atravessa todo o Município desde os seus limites com Sintra e Odivelas
até entrar em Lisboa na Buraca. Destas captações destacam-se o Aqueduto de S. Brás,
Aqueduto das Galegas e Aqueduto das Francesas. Outra consequência da passagem do Aqueduto
pela zona da Amadora são os diversos chafarizes que foram construídos ao longo do
percurso e que vão influenciar a vida dos moradores, havendo mesmo situações de disputa
entre as populações pelo acesso aos mesmos, dado que as suas águas eram aproveitadas
para o gado, agricultura e lavagem de roupa, influenciando assim a vida dos habitantes. Na
zona da Amadora eram conhecidos os chafarizes de Carenque, da Falagueira, da Porcalhota,
da Reboleira e da Damaia. Destaca-se o da Porcalhota, edificado em 1850, e que se tornou
uma referência para a localidade, estando hoje preservado num jardim junto da Capela da
Falagueira.
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