Terra
de Fartura, a Amadora Rural
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AS
ESTRADAS REAIS
No início do século
XIX, o território da actual Amadora era atravessado por duas Estradas Reais:
"Estrada Real Lisboa-Sintra" e "Estrada Real Lisboa-Mafra". Estas
Estradas começavam em Lisboa e seguiam por uma só via comum, que na Amadora correspondia
à actual Rua Elias Garcia, a partir das Portas de Benfica, até ao lugar da Porcalhota de
Cima, precisamente onde hoje a linha do comboio cruza a Rua Elias Garcia. Nesse sítio
bifurcavam e cada uma seguia destinos diferentes: A Estrada de Mafra seguia pela direita,
(hoje continuação da Rua Elias Garcia) passando à Quinta da Amadora, Ponte de Carenque,
Pendão, tomando a direcção de Belas e rumando para Mafra; A Estrada de Sintra seguia
pela esquerda (hoje Rua Gonçalves Ramos), atravessava os campos do Alto Maduro, descia
para o vale da Ribeira de Carenque, passando a ponte Filipina, em direcção ao Palácio
de Queluz, seguindo para Sintra. É por estas estradas que a nobreza vai passar para os
seus tempos de veraneio ou mesmo de refúgio político ou de saúde, sobretudo nos
palácios da Pena, Mafra e Queluz e isto vai influenciar de forma significativa esta
região. Assim dum lado e de outro vão-se construindo solares, quintas e casas
apalaçadas cujos brasões mostram a importância daqueles que ali se vão instalando.
Estas vias tornaram-se igualmente importantes do ponto de vista económico, servindo para
escoar os produtos da região, surgindo igualmente uma conjunto de serviços de apoio aos
viajantes, desde "casas de pasto" a mudas de cavalos passando pelos mais
variados estabelecimentos comerciais que vendiam os seus produtos junto às estradas.
Assim desenvolveram-se ao longo das Estradas Reais aglomerados populacionais que
exploravam estes serviços, destacando-se na região o lugar da Porcalhota.

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