O nascimento de uma Cidade, a Amadora no final do séc. XIX, início séc. XX


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OS PRIMEIROS BAIRROS DA AMADORA

Mina de Água

  Em 1887 com a Inauguração da Linha de Caminho de Ferro Lisboa-Sintra o território da actual Amadora ganha uma nova centralidade. Se antes solares e casais se situavam ao longo das Estradas Reais, agora as habitações começam a agrupar-se à volta da estação de comboios. A zona a sul da estação conheceu um desenvolvimento mais rápido, com a constituição de diversos lotes para moradias familiares e de ruas que lhes faziam serventia, encontrando-se já bastante desenvolvida aquando da implantação da República, enquanto que a zona norte só a partir de 1913 conheceria um desenvolvimento significativo. Dois pólos começam a ganhar relevo, um de cada lado da linha e liderados por duas das várias personalidades que vêm habitar nesta zona. Assim, de um lado tinha se instalado o industrial Santos Mattos que vem de Salvaterra de Magos. Abre primeiro uma pequena oficina na Amadora e em 1902 é construída a fábrica de Espartilhos, no quarteirão com o nome do industrial, o qual se torna referência obrigatória para qualquer estudo da História da Amadora. Do outro lado da linha vai implantar-se António Cardoso Lopes ou o "Lopes da Mina" como ficou conhecido, por ter tentado explorar uma mina de água, de origem basáltica de grande pureza, que ele tentou comercializar e que parece estar na génese do nome do novo bairro. Vai ainda dedicar-se à urbanização desse Bairro da Mina, tendo sido entretanto Vereador da Câmara Municipal de Oeiras, a cujo Município então pertencia este lugar. Tratando-se de indivíduos com interesse diversos, eram muitas as rivalidades existentes entre os dois, bem patentes nas memórias de António Cardoso Lopes, havendo igualmente caricaturas de um e de outro, com os seus atributos principais, feitas por Roque Gameiro. No entanto, não deixaram de colaborar pelo interesse da localidade.

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