Do Paleolítico ao Romano
Paleolítico
Nelítico e Calcolítico
Idade do Bronze e do Ferro
Romano
PALEOLÍTICO
A mais antiga presença do Homem no actual território da Amadora é revelada por conjuntos de utensílios em pedra lascada. Os estudos efectuados permitiram a sua inclusão no Paleolítico Inferior, Médio e Superior, sendo desta forma possível distribui-los cronologicamente por um período com cerca de 600.000 anos de duração.
Se bem que tenham sido descobertos materiais paleolíticos em
toda a área do Município, existe uma concentração de sítios arqueológicos desta
época em terrenos de origem vulcânica, destacando-se toda a área da Serra de Carnaxide
e sua envolvente. Caracterizam-se pela dispersão à superfície destes materiais líticos,
em concentrações diversas, factor que condiciona muitas vezes a sua delimitação
geográfica.
Os trabalhos arqueológicos efectuados durante as décadas de 30, 40 e 50 do século XX, bem como os estudos subsequentes, contribuíram para o avanço do conhecimento sobre este período, surgindo o termo "Paleolítico da Amadora" para designar o conjunto de estações paleolíticas de superfície desta região, incluindo áreas dos Municípios vizinhos.
De referir dois importantes sítios arqueológicos com ocupação desta época : Alfragide Primeiro/Serra de Carnaxide e Campo de Aviação/Casal do Borel. Os utensílios encontrados testemunham a evolução verificada no talhe da pedra. Foram recolhidos materiais atribuíveis ao Acheulense (fase cultural do Paleolítico Inferior), nomeadamente bifaces sobre seixo. Do Paleolítico Médio surgem lascas levallois, integráveis na indústria Mustierense, a qual se encontra associada ao Homem de Neanderthal. Relativamente ao Paleolítico Superior, foram recolhidos diversos tipo de utensílios, como raspadores, burís e furadores.
A inclusão destes materiais arqueológicos na realidade mais vasta que constitui a península da estremadura portuguesa, permite recriar parcialmente o que terá sido a vivência das comunidades de caçadores - recolectores paleolíticos, que deambularam por estas paragens. A sua fixação temporária na Amadora estaria assim integrada nas rotas que estas populações nómadas efectuavam, na busca das suas principais fontes de alimentação e da matéria prima para fabricarem os seus instrumentos do dia a dia.
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